Estudos apresentados no workshop alusivo ao dia internacional da rapariga, no dia 25 de Outubro revelam que, as raparigas continuam sendo maior alvo da violência no ambiente escolar.
Este mal tem sido uma barreira para a retenção e desempenho escolar dos alunos, com efeitos negativos na saúde e na auto-estima individual e desperdício escolar.
Em Moçambique, apesar de existir um quadro jurídico de normas nacionais e internacionais, há ainda uma fraqueza dos mecanismos jurídicos na resposta a ocorrência de assédio ou violência sexual contra menores, razão pela qual poucos casos resultam numa penalização criminal do perpetrador do assédio ou abuso sexual.
Segundo o vice-reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, José Castiano as organizações da Sociedade Civil tem um papel preponderante no combate a violência não só no ambiente de ensino aprendizagem, mas também fora da escola “É preciso encorajar os adolescentes, em particular as raparigas a denunciarem qualquer tipo de violência, e isso só será possível com o nosso total envolvimento. É preciso criarmos mecanismos claros que protejam está camada “.
Alguns participantes afirmam ainda que há uma necessidade de se trabalhar mais com a comunidade, uma vez que, as raparigas ao exporem a situação de abuso sexual, são penalizadas duplamente, sofrendo culpabilização, estigma, rejeição social no seio da família e comunidade, ou são mesmo submetidas a um casamento prematuro com o perpetrador da violência.
De realçar que, o workshop foi uma iniciativa da Universidade Pedagógica de Maputo em parceria com o Movimento de Educação Para Todos, com apoio da Actionaid através dos fundos do NORAD.